domingo, 25 de outubro de 2015

Jogos Mundiais têm desfile de beleza indígena


Por Redação, com ABr – de Palmas:
O público presente na Arena Verde dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI) em Palmas (TO) na noite de sábado pôde conferir um desfile de beleza indígena. Segundo a organização dos JMPI, esse tipo de apresentação é bem tradicional nas festividades indígenas e desta vez reuniu representantes de diversos países.
Um tapete vermelho foi colocado no meio da arena e os atletas que, mais cedo, no período da tarde, participaram das demonstrações das modalidades tradicionais, se sentaram para prestigiar e torcer pelas representantes de suas aldeias.
Mulheres de diversas etnias participam de desfile de beleza indígena durante os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas
Mulheres de diversas etnias participam de desfile de beleza indígena durante os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas
– Esse momento dos jogos foi pensado para mostrar a beleza da mulher indígena. Essa prática é muito comum nas aldeias. Não é uma disputa. Queremos mostrar que a beleza não é definida se a mulher é magra ou não, a finalidade é mostrar a beleza peculiar de cada etnia – explicou o articulador dos Jogos Mundiais Indígenas, Carlos Terena.
Cerca de 50 mulheres se apresentaram cada uma com pinturas e adereços típicos de suas etnias. Algumas garotas pareciam mais tímidas do que outras, porém, os gritos que vinham da arquibancada serviam de incentivo. A maior parte da torcida era para as modelos das etnias brasileiras, porém, representantes de delegações estrangeiras foram bastante aplaudidas pelas 7 mil pessoas que lotaram as arquibancadas.
Foi assim com a represente do México, que usava um vestido colorido, com flores bordadas e cabelos trançados; e as indígenas Maori que desfilaram fazendo caretas para o público. Na tradição Maori, os olhos arregalados e as caretas são para mostrar a força interior da etnia da Nova Zelândia.
Entre as representantes das etnias brasileiras o que se viu foi uma diversidade grande de pinturas corporais, colares, cocares e adereços que traziam para o tapete vermelho do desfile as características de cada povo.
As oito “guerreiras” que representavam o povo Pataxó da Bahia abriram desfile usando saias, tops e colares que foram desenvolvidos pela designer Ludmila Pataxó. Sementes, penas, fibras, miçangas, palhas e sementes são materiais adotados pela maioria das etnias brasileiras.  Os corpos pintados também são outra característica marcante.
Atenta a cada detalhe do desfile, a menina Jemina, 9 anos, da etnia Gavião, do Pará, foi prestigiar a prima que participava do evento, mas acabou se encantando com uma representante de outro povo. “Eu achei que a mais bonita foi a moça do povo Carajá por causa das pinturas. Quando eu crescer eu também vou querer desfilar”, disse.
Brama Gavião foi umas das participantes do desfile. Ela conta que foi escolhida para representar sua etnia no desfile de sábado em uma espécie de eliminatória com mais dez garotas de diversas aldeias. “Eu amei representar o meu povo, foi muito especial. Eu vim aqui para representar a cultura do meu povo e acho que consegui”, comemorou.
 

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Jogos Indígenas devem receber 10 mil turistas por dia, estima ministério

  • 28/07/2015 21h55
  • Brasília
Da Agência Brasil

O ministro do Esporte, George Hilton, visitou hoje (28) a cidade de Palmas para saber como estão as obras para os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas. Hilton conheceu os locais que abrigarão os atletas, as escolas municipais que receberão modalidades desportivas e a Universidade Federal de Tocantins, onde está sendo construída uma pista de atletismo.
Os jogos ocorrerão de 23 de outubro a 1º de novembro na capital tocantinense. Segundo o ministério, são esperados 1.150 atletas de etnias nacionais e 1.100 de outros países, além de mais de 10 mil turistas por dia.
“A ideia de vir aqui hoje é mostrar que os três entes estão integrados, os governos federal, estadual e municipal, além do Comitê Intertribal. Unidos, faremos uma grande celebração e realizaremos um evento de sucesso, dentro do cronograma”, disse Hilton, em entrevista divulgada pelo site do Ministério do Esporte.
“A ideia é que Palmas seja sede de outros eventos, tanto nacionais como internacionais. Eventos como esse trazem veículos de comunicação de diversos países do mundo. O objetivo é colocar a capital de Tocantins como centro esportivo”, acrescentou o ministro.
O secretário dos Jogos Indígenas, Hector Franco, informou que a Vila dos Jogos, principal local de competições, está com as obras em andamento. “A área já recebeu 90% da pavimentação e 80% da rede elétrica e conta com 30% da instalação de água e esgoto executadas. O mais importante é que essa estrutura de base torna Palmas apta p ara receber qualquer grande evento”, disse Franco ao site oficial do evento.
Edição: Aécio Amado

sexta-feira, 10 de julho de 2015

MMA fortalece parcerias na Amazônia Legal

Arte/Leandro Vieira

Encontros com os nove Estados da região buscam estabelecer estratégias de fortalecimento do Zoneamento Ecológico-Econômico
Por: Rafaela Ribeiro – Editor: Marco Moreira
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apresentam, nesta terça-feira (07/07) em Palmas, Tocantins, e quarta-feira (08/07), em São Luís, Maranhão, os resultados do Projeto Uniformização do Zoneamento Ecológico-Econômico da Amazônia Legal (UZEE).

As apresentações encerram um ciclo de seminários nos nove Estados da Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), com o objetivo de estabelecer estratégias conjuntas de fortalecimento do zoneamento ecológico-econômico (ZEE) na região. Os encontros reúnem gestores públicos, técnicos e demais interessados no tema.
 INTEGRAÇÃO
A iniciativa faz parte do projeto Uniformização do Zoneamento Ecológico-Econômico da Amazônia Legal e integração com o Zoneamento Agroecológico da Região, apoiado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). A iniciativa é executada a partir da larga experiência do Ministério do Meio Ambiente e do Consórcio ZEE Brasil. O estudo conta com uma equipe formada por pesquisadores de diversas instituições presentes na região amazônica, em permanente diálogo com os estados.
Como a produção de energia renovável e sustentável é um desafio global, o UZEE Amazônia Legal está indicando as espécies agroenergéticas mais adaptadas à região e as áreas aptas para o cultivo. Entre as espécies florestais identificadas está o tachi-branco, cujo sistema de produção já foi desenvolvido pela Embrapa. A intenção não é restringir as potencialidades nem impor outras atividades produtivas, mas sim racionalizar o uso do território e organizá-lo em torno de premissas ambientais, econômicas e sociais que respeitem e valorizem a vocação da região.
 RESULTADOS
De acordo com o gerente do Departamento de Zoneamento Territorial do MMA, Bruno Abe Saber Miguel, entre os resultados do projeto estão: a disponibilização da base de informações sobre os ZEEs da região por meio do Sistema Interativo de Análise Geoespacial da Amazônia Legal; a compatibilização das diretrizes de uso e ocupação elaboradas a partir das diversas iniciativas de Zoneamento Ecológico-Econômico, em uma perspectiva macrorregional; e a capacitação das instituições financeiras e dos atores locais em gestão territorial a partir dos diferentes produtos gerados pelo zoneamento.
Além disso, destaca que a iniciativa tem contribuído, consideravelmente, para estreitar a relação de cooperação do MMA com os nove Estados amazônicos, proporcionando a contratação de profissionais para apoiar os órgãos estaduais responsáveis pelo ZEE e a presença constante da equipe do ministério nas atividades que integram a região.
“Enquanto alguns Estados, como Acre e Pará, já concluíram a elaboração de seus zoneamentos e têm avançado na implantação do instrumento, outros, como Roraima e Tocantins, ainda estão formulando seus ZEEs”, afirmou Miguel. “O projeto tem proporcionado um grande apoio, de acordo com a situação de cada Estado.”
Busca-se, também, a articulação do ZEE com os zoneamentos agroecológicos de culturas nativas favoráveis à produção de bioenergia, identificando-se, naquelas aquelas áreas já desmatadas (estimadas em cerca de 700.000 km2), os locais com aptidão para seu cultivo. “Com os impactos previstos do aquecimento global na configuração da produção agrícola nacional, essa iniciativa reveste-se da maior importância para orientar o crescimento sustentável da produção de bioenergia com a conservação dos serviços ambientais e dos recursos naturais. Além de contribuir para a própria política de restauração e reflorestamento anunciada recentemente pela presidenta Dilma Rousseff”, destacou Saber.
 SAIBA MAIS
O zoneamento ecológico-econômico é um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente e busca orientar os programas, planos e políticas voltados ao uso e ocupação do território de acordo com suas fragilidades e potencialidades. Para tanto, parte do diagnóstico dos meios físico, socioeconômico e jurídico-institucional e do estabelecimento de cenários exploratórios para a proposição de diretrizes legais e programáticas para cada unidade territorial identificada.
De acordo com o novo Código Florestal (lei federal 12.651/2012), todas as unidades da federação precisam elaborar e aprovar seus ZEEs até maio de 2017, de acordo com a metodologia proposta pelo Governo Federal.

Asssessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) - (61) 2028.1165

Links:
Saiba mais sobre o zoneamento nos Estados
Conheça o que é zoneamento territorial

sábado, 4 de julho de 2015

Iniciativa Cerrado Sustentável termina execução com bons resultados

Paulo de Araújo/MMA

Projeto trabalhou pelo fortalecimento do sistema de unidades de conservação e monitoramento do bioma
Por: Luciene de Assis - Editora: Melissa Silva
A Iniciativa Cerrado Sustentável se encerra nesta terça-feira, 30/6, depois de cinco anos de execução, “com bons resultados alcançados nos quatro componentes do projeto”. Especialistas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), órgão coordenador do projeto, participaram da reunião final de encerramento da Iniciativa, na sede do Banco Mundial, em Brasília, durante toda segunda-feira, 29/6.

“De modo geral, todas as metas foram alcançadas”, assegura a analista ambiental do Departamento de Conservação da Biodiversidade (DCBio/MMA), Adriana Bayma. Ela lembra que o objetivo projeto era promover a conservação, restauração, recuperação e manejo sustentável de ecossistemas naturais e agropecuários, bem como a valorização e o reconhecimento de suas populações locais, buscando condições para reverter os impactos socioambientais negativos no bioma.

INVESTIMENTOS
De responsabilidade do MMA, em parceria com o Banco Mundial e o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, sigla em inglês), a Iniciativa GEF Cerrado Sustentável recebeu doação de aproximadamente R$ 30 milhões (cerca de US$13 milhões) e uma contrapartida nacional na ordem de R$ 78 milhões. A Iniciativa foi concebida como um projeto na modalidade guarda-chuva e foi executada por um conjunto de subprojetos, um deles desenvolvido pelo próprio MMA.

O projeto do MMA, “Políticas e monitoramento do bioma Cerrado”, foi um elemento chave para a implementação da Iniciativa. Além de coordenar e supervisionar a Iniciativa, o Ministério elaborou e implementou instrumentos de políticas de conservação ambiental e uso sustentável, conforme as diretrizes estabelecidas pelo Programa Cerrado Sustentável. Segundo Adriana Bayma, a seleção de projetos levou em consideração a possibilidade de execução e alcance das metas, sendo que cada projeto era formado por quatro componentes.

O diretor do DCBio/MMA, Carlos Alberto Scaramuzza, lembra que a Iniciativa GEF Cerrado Sustentável “é um projeto com objetivo de construir instrumentos para a implementação de parte dos objetivos e das diretrizes do Programa Cerrado Sustentável”. Ele explicou que entre os objetivos estão o fortalecimento do sistema brasileiro de unidades de conservação no Cerrado, por meio da criação de UCs; do uso sustentável da biodiversidade dentro da paisagem produtiva; do desenvolvimento e fortalecimento de políticas públicas; do fortalecimento da gestão efetiva das unidades; e do monitoramento do bioma.

SUSTENTABILIDADE
Desde o começo, a Iniciativa visou promover o aumento da conservação da biodiversidade e ainda melhorar o manejo dos recursos ambientais e naturais do Cerrado, por meio do apoio a políticas e práticas apropriadas. E tornou-se um dos principais instrumentos do Ministério do Meio Ambiente para implementar parte dos objetivos e das diretrizes preconizados pelo Programa Nacional de Conservação e Uso Sustentável do Bioma Cerrado, o Programa Cerrado Sustentável, instituído em 2005.

A Iniciativa foi executada nos últimos cinco anos, mas alguns dos seus subprojetos deverão ter continuidade no tempo, como o esforço para criar os dois milhões de hectares de Unidades de Conservação já previstos.

COMO SURGIU
Em setembro de 2003, o MMA instituiu o Grupo de Trabalho do Bioma Cerrado (GT Cerrado) com a finalidade de elaborar uma proposta de programa destinado à conservação e ao uso sustentável do bioma. Após um ano de funcionamento e a realização de diversas consultas públicas, o GT apresentou a estrutura do Programa Nacional de Conservação e Uso Sustentável do Bioma Cerrado, sendo formalmente instituído por meio do Decreto nº 5.577/2005.

Coordenada pelo MMA e tendo o Banco Mundial como a agência implementadora do, a Iniciativa foi executada pelo MMA, secretarias de Meio Ambiente de Goiás e do Tocantins, e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que firmaram contratos diretamente com a agência implementadora, com a interveniência do MMA.

O Comitê da Iniciativa é formado por representantes do MMA, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), ONGs sociais e ambientais e setor empresarial.

A Iniciativa GEF Cerrado Sustentável é vinculada à Comissão Nacional do Programa Cerrado Sustentável (Conacer), instância responsável por acompanhar sua execução, além de selecionar os projetos apoiados por meio de chamada pública na seleção.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): 2028.1165

quarta-feira, 24 de junho de 2015


  Dilma faz o lançamento dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas

Presidente defendeu respeito à diversidade e à integração entre culturas.
Com previsão de 2 mil atletas, jogos ocorrerão, em outubro, em Palmas (TO).

Filipe Matoso Do G1, em Brasília
A presidente Dilma Rousseff posou para fotografia ao lado de índios na cerimônia de lançamento dos Jogos Mundiais dos PovosIndígenas (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)A presidente Dilma Rousseff posou para fotografia ao lado de índios na cerimônia de lançamento dos Jogos Mundiais dos PovosIndígenas (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

A presidente Dilma Rousseff lançou nesta terça-feira (23) a primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, que serão realizados, entre 20 de outubro e 1º de novembro, em Palmas (TO). A cerimônia de lançamento ocorreu no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, um dos estádios que sediaram a Copa do Mundo do ano passado.
Ao todo, segundo a assessoria dos jogos indígenas, 24 etnias brasileiras e 22 de outros 22 países participarão do evento esportivo. Entre as modalidades que serão disputadas durante o mundial, estão tiro com arco e flecha, arremesso de lança, cabo de força, corrida de tora, lutas corporais, futebol de campo, atletismo, e xikunahati, uma espécie de futebol no qual só pode ser usada a cabeça.
Em meio ao discurso de lançamento do evento esportivo, a presidente da República defendeu o respeito à diversidade e à integração entre as culturas. Ao longo de pouco mais de 20 minutos de declaração, a petista disse que o Brasil “reforçará” o “apreço” pela pluralidade dos povos e assegurou que o objetivo do governo é “levar a cabo” o “sucesso” do evento esportivo.
“Eu tenho certeza de que nós todos sabemos que o Brasil é admirado por algumas coisas. É admirado por suas belezas naturais, por ter a maior floresta em pé do mundo, é admirado pela hospitalidade e alegria do nosso povo e é admirado pela característica multiétnica. Muitas nações têm essa característica e nós também devemos ser admirados pela capacidade de respeitar a diversidade e integrar culturas, além de respeitar e admirar civilizações”, ressaltou a presidente.
Dilma também disse que tem “imenso orgulho” dos brasileiros em relação à composição da população, em razão de o país ser uma “mistura de várias etnias”. A presidente arrancou sorrisos da plateia, formada, em sua maioria, por índios e políticos, ao dizer que não tem "condições" de participar da corrida de toras, uma das modalidades dos jogos indígenas.
A cerimônia
Durante a solenidade de lançamento do evento mundial, o músico Hamilton de Holanda executou o Hino Nacional com um bandolim. A cantora baiana Margarete Menezes, madrinha dos jogos, também se apresentou e tocou a música “Úm Índio”, de Caetano Veloso.

Dilma acompanhou a cerimônia sentada em uma cadeira na primeira fileira da Tribuna de Honra do estádio Mané Garrincha. Ela se sentou entre o líder indígena Marcos Terena e o ministro do Esporte, George Hilton. Também compareceram ao evento os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário), Henrique Alves (Turismo) e Pepe Vargas (Direitos Humanos).
Em seu discurso, Terena comemorou o fato de os jogos terem sido organizados durante a gestão de um “ministro comunista” – ao se referir ao ex-ministro do Esporte e atual ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo (PC do B) – e executados na gestão de um “ministro evangélico”, ao citar o atual titular do Esporte, George Hilton (PRB). “Então, nós só podemos ficar alegres e contentes”, disse o líder indígena.
Após a fala de Terena, o prefeito de Palmas, Carlos Amashta, foi chamado a discursar e, antes de iniciar seu pronunciamento, disse que não poderia sair do evento sem tirar uma selfie com a presidente. Ela, então, levantou-se e tirou a foto ao lado do governante da capital do Tocantins.
Amashta brincou com o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, ao dizer que, assim como ele, foi batizado por uma comunidade indígena. Segundo o prefeito de Palmas, seu apelido significa “homem forte”, enquanto o de Rollemberg significa “palmito do Buriti”, o que gerou risos na plateia.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Projeto Jalapão

alt
PROJETO CORREDOR ECOLÓGICO DA REGIÃO DO JALAPÃO
O Projeto Corredor Ecológico da Região do Jalapão é uma iniciativa do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, em cooperação técnica com a Agência Japonesa de Cooperação Internacional – JICA, que vem sendo implementado com o apoio e a cooperação da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Recursos Hídricos do Estado do Tocantins, Secretaria de Planejamento do Estado do Tocantins e do Instituto Natureza do Tocantins – NATURATINS, além de outros importantes parceiros.
Os principais objetivos do Projeto são estabelecer um corredor ecológico para reforçar a preservação dos ecossistemas naturais que unem as Unidades de Conservação, promover a integração entre as unidades de conservação e a população local e incentivar as alternativas de desenvolvimento sustentável na região do Jalapão.

REGIÃO DO JALAPÃO

Inserida na porção leste do estado do Tocantins, limítrofe com os estados da Bahia, Piauí e Maranhão, a Região do Jalapão possui uma área estimada em 43.881,14 Km², compreendendo 10 municípios, e está inserida no domínio do bioma Cerrado.
O relevo é marcado por grandes áreas de planícies e de acidentes geográficos, sendo que, a Serra Geral do Tocantins e a Chapada das Mangabeiras são importantes áreas de recarga dos aqüíferos, abrigando as nascentes de afluentes de três importantes bacias hidrográficas brasileiras: Tocantins, Parnaíba e São Francisco, o que transforma o Jalapão numa região estratégica para o país.
Isto para não falar da beleza das paisagens, que incluem chapadões, dunas, cachoeiras e campos a perder de vista, atraindo visitantes e turistas do mundo inteiro, ou da exuberância da vida silvestre, com animais e flores que podem ser facilmente avistados. A descoberta de novas espécies e a presença de animais extremamente ameaçadas de extinção, como o pato mergulhão (Mergus octosetaceus), desperta cada dia mais o interesse de cientistas de várias regiões do mundo.
Assim como o turismo, o extrativismo e o artesanato também representam importantes alternativas de renda e são elementos chave para o desenvolvimento sustentável das comunidades da região, que mantém um modo de vida tradicional, utilizando principalmente os frutos, o capim dourado (Singhnantus sp.) e a palha do buriti para sua produção.
Neste contexto, as Unidades de Conservação apresentam grande relevância para afastar a ameaça da extinção das espécies, assim como o esgotamento dos recursos naturais, garantindo a continuidade do uso deste patrimônio natural pelas populações locais.
Para mais informações acesse o site do projeto

sábado, 30 de maio de 2015

CANAL RURAL EXCLUSIVO: Kátia Abreu envolvida na venda de terras irregulares

 CLIQUE E CONFIRA:

http://tvuol.uol.com.br/video/canal-rural-exclusivo-katia-abreu-envolvida-na-venda-de-terras-irregulares-04020D1C3672E0A15326

segunda-feira, 4 de maio de 2015

PNUD e Ministério do Esporte 

celebram parceria para a realização

dos "Jogos Mundiais Indígenas"

Líder indígena, ministro do Esporte e subsecretária
 geral da ONU e diretora do PNUD para América
 Latina se encontraram em Nova York para discutir
importância da parceria.




Jogos indígenas
Os Jogos Mundiais Indígenas, este ano, terão
parceria do PNUD e serão realizados no segundo semestre, em Palmas(TO). Foto: Francisco Medeiros/Ascom Ministério do Esporte






23 Abril 2015
do PNUD


O ministro do Esporte, George Hilton, encontrou na manhã de hoje a diretora do PNUD para a América Latina e o Caribe, Jessica Faieta, e o líder indígena e articulador internacional dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, Marcos Terena, em Nova York, para discutir assuntos relacionados aos jogos, que serão realizados no segundo semestre deste ano em Palmas (TO). A parceria também conta com o apoio do Comitê Intertribal e da Prefeitura de Palmas.
"Os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas são um belo exemplo de como o esporte une os povos de todo o mundo, as etnias, mulheres e homens promovendo a paz, o respeito aos direitos humanos e a rica cultura indígena e sua sabedoria em várias regiões", observou Faieta, na ocasião.
Marcos Terena destacou o cunho social, ambiental e cultural da realização dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas e enfatizou "é uma grande conquista dos povos indígenas, em aliança com o governo por meio do Ministério do Esporte".
"Incluir o PNUD na realização dos I Jogos Mundiais Indígenas demonstra que o Brasil amadureceu", diz o ministro. A parceria com o PNUD Brasil se deve principalmente ao histórico de relação e projetos de cooperação técnica com povos indígenas e também a expertise do Programa da ONU na realização de grandes eventos (como a Rio+20, em 2012). 
Do Brasil, a coordenadora de Programa do PNUD, Maristela Baioni, esclarece que "o PNUD adquiriu, ao longo dos últimos anos, uma experiência significativa de articulação com diferentes povos indígenas e com entidades representativas. O Projeto Conjunto de Segurança Alimentar, financiado pelo MDG-F, é um exemplo. Outro exemplo refere-se à parceria com a Funai para o apoio na implementação da Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial".
Durante a tarde de amanhã (24/04), durante o Fórum Permanente sobre Assuntos Indígenas da Organização das Nações Unidas, o ministro fará o anúncio oficial dos Jogos Mundiais Indígenas, oficializando as parcerias.


Desenvolvimento Sustentável - Indígenas - Esporte

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Onde podemos encontrar a Mata Atlântica e como preservá-la?

Mata Atlântica cobre 17 estados brasileiros. Foto: Irimar José da Silva
Mata Atlântica cobre 17 estados brasileiros. Foto: Irimar José da Silva
Para falar da Mata Atlântica, primeiro é preciso entender o que ela é. Segundo explica Carolina Mathias, engenheira florestal da Fundação SOS Mata Atlântica, "podemos defini-la como um bioma com vários ecossistemas, que tem desde mangue até floresta tropical". Ou seja, a Mata Atlântica não é apenas aquela floresta atlântica que se vê perto do litoral, mas um bioma ou uma junção de ecossistemas com características comuns e com processos ecológicos que se interligam. Nesse caso, essas características seriam, além da ocorrência geográfica, a proximidade com o litoral e as formações florestais em um contínuo, que se estende até o serrado, a caatinga ou os campos. "Outro ponto importante é que a Mata Atlântica tem árvores grandes e de dossel contínuo, ou seja, com copas que se tocam", diz Carolina Mathias. Esse bioma ainda tem mais de 22 mil espécies, quase nove mil delas endêmicas (que só existem nesse bioma), superando a biodiversidade da Amazônia. Infelizmente, 383 desses animais e plantas estão ameaçados de extinção. A extensão territorial da Mata Atlântica também impressiona - vai desde o Rio Grande do Sul até o Piauí, cobrindo 17 estados. Originalmente, ela compunha 15% do território brasileiro, mas hoje só restam 7% desse bioma.
Hoje, a Mata Atlântica ainda pode ser encontrada em quase todo o país (menos no Mato Grosso, Maranhão e Região Norte), mas em pequena quantidade. A maior concentração está no Vale do Ribeira, em São Paulo. Ao todo, existem 860 unidades de conservação da Mata Atlântica no Brasil, que vão de pequenos sítios até parques estaduais. Muitos desses parques são abertos à visitação e podem ser uma boa forma de conscientizar os alunos da importância de preservar o meio-ambiente. Beatriz Siqueira, coordenador do projeto Mata Atlântica vai à Escola da Fundação SOS Mata Atlântica, conta que existem vários projetos em andamento para tentar salvar o que ainda resta do bioma. "O que está sendo feito hoje são ações de restauração e replantio de árvores que compõem a flora original da mata. Também estão sendo criadas muitas áreas de conservação, principalmente em propriedades particulares", diz. A ecóloga ainda explica que cada um de nós pode ajudar a manter a floresta em pé com ações do dia-a-dia, como economizar água, energia elétrica e diminuir a poluição. "Se cada um de nós gastar menos energia, por exemplo, vamos precisar de menos hidrelétricas, o que ajuda a manter a mata. Pois para construir uma usina é preciso desmatar e inundar uma grande área de floresta", diz Beatriz. Preservar a Mata Atlântica ainda pode ajudar a diminuir o aquecimento global. Isso porque, além da floresta ser responsável por absorver carbono, é muito comum no Brasil fazer queimadas para transformar a mata em área de agropecuária. E esse tipo de ação é o principal responsável pelas emissões de carbono no nosso país. Por outro lado, o aumento da temperatura da Terra pode afetar a Mata Atlântica, já que muda as características dos ecossistemas. "A maior preocupação é com a fauna. O aquecimento pode matar várias espécies", alerta Beatriz.

NOTÍCIAS PUBLICADAS NO SITE DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE E EM NOSSO BLOG MMA



Memória do clima será recuperada pelo MMA em arquivo digitalizado


Reprodução

Futuro arquivo: pesquisa simplificada

Projeto incluirá chuvas e estiagens no Brasil desde o século XIX


Por: Lucas Tolentino - Edição: Marco Moreira


Estudada de maneira histórica pelas autoridades brasileiras, a previsão do tempo entrou como aliada nas medidas de combate e adaptação ao aquecimento global. Informações sobre secas, tempestades e outros eventos climáticos ocorridos no país desde o século XIX serão recuperados com a conclusão, prevista para este ano, de ação financiada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Mais de R$ 6 milhões foram investidos, por meio do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima), no projeto do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), órgão ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A iniciativa inclui a digitalização, conversão, importação e armazenamento em formato digital no banco de dados do órgão federal.

PAPÉIS

Ao todo, 12 milhões de documentos com dados meteorológicos desde o fim dos anos 1800 fazem parte do acervo do INMET. Como se encontram em papéis amarelados, os arquivos não podem ser usados, atualmente, para estudos climáticos e de frequência de fenômenos e desastres naturais de natureza atmosférica.

O armazenamento dos dados em um centro de documentação centralizado garantirá a segurança e a integração da memória do clima do Brasil. Além disso, a migração para o banco de dados já existente facilitará as consultas e o intercâmbio de informações com os setores acadêmicos, públicos e privados de maneira mais rápida e eficaz.

CURIOSIDADE

Apesar de o INMET ter sido criado em 1909, os primeiros registros das condições meteorológicas no país remontam ao fim do século XIX. Esses documentos históricos foram produzidos em diversos formatos de papel, que vão de livros e cadernetas até formulários de registradores. Neles, eram inseridas informações numéricas pontuais, resultantes da coleta de dados realizadas por um observador ou registros contínuos por equipamentos mecânicos.

Além da dificuldade de acesso, o manuseio rotineiro dos arquivos provoca a perda de resistência e o envelhecimento precoce da documentação. Para que possam ser digitalizados, os livros e cadernetas foram armazenados, em caráter transitório, em um galpão na sede do INMET, em Brasília.

SAIBA MAIS

Pioneiro no apoio a pesquisas e programas de mitigação e adaptação, o Fundo Clima é um dos principais instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC). Com natureza contábil e vinculado ao MMA, é administrado por um comitê formado por representantes de órgãos federais, da sociedade civil, do terceiro setor, dos estados e dos municípios.

Apesar de considerado um fenômeno natural, o efeito estufa se intensificou nas últimas décadas, acarretando mudanças climáticas. Essas alterações resultam do aumento descontrolado das emissões de gases como o dióxido de carbono e o metano. A liberação dessas substâncias é consequência de atividades humanas como o transporte urbano, o desmatamento, a agricultura, a pecuária e a geração e o consumo de energia.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) – Telefone: 61.2028 1227


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015




MMA e Universidade de Madri negociam cooperação técnica

Martim Garcia / MMA

Proposta prevê transferência de tecnologias na área de abastecimento de água e saneamento

Por: Paulenir Constâncio – Edição: Marco Moreira

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Instituto Tecnológico da Universidade Politécnica de Madrid abriram, nesta sexta-feira (06/01),

Gaetani: Crise hídrica reabre
o debate                                    em Brasília, entendimentos para assinar acordo de cooperação técnica para o desenvolvimento sustentável do semiárido. A proposta foi apresentada ao secretário executivo do MMA, Francisco Gaetani, pelo diretor de Cooperação para o Desenvolvimento da instituição, Manuel Sierra Castañer e prevê capacitação de especialistas e a transferência de tecnologia em manejo florestal para a Caatinga

A instituição espanhola quer levar à região do Cariri, nos Estados do Ceará, Pernambuco e Paraíba, sua experiência no Centro Xingô de Convivência com o Semiárido, onde atua em parceria com organizações não-governamentais há mais de dez anos. Seis municípios da região estão em processo de desertificação, decorrente do avanço do desmatamento pela agropecuária e indústria gesseira, agravado pelos efeitos das mudanças climáticas.

INTEGRAÇÃO

A parceria pode contribuir para integrar os dois países em uma pauta comum. “A Espanha é um grande semiárido”, comparou o professor da universidade madrilenha. O convênio poderá ser firmado no âmbito da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação, da qual os dois países são signatários. O Brasil prepara o documento que será levado à COP da desertificação em Cancun, México, em setembro.

Gaettani solicitou ao Departamento de Combate à Desertificação (DCD), do Ministério do Meio Ambiente, a formulação de uma agenda comum com a instituição espanhola, que tem experiência em modelos de parceria público-privadas para serviços básicos. Salientou a crise de recursos hídricos no Brasil pode trazer de volta o debate sobre arranjos entre governos e empresas para a solução de problemas relacionados à água e ao saneamento. Os problemas de gestão da água estão associados diretamente no bioma.

De acordo com o diretor do DCD, Francisco Campello, a troca de experiências tem potencial para produzir mudanças na maneira como o Brasil enfrenta a convivência com a semiaridez. “Falta à sociedade qualificar o problema da desertificação, que já atinge nove estados e mais de 1500 municípios”, acrescentou.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) - Telefone: 61.2028 1227

domingo, 15 de fevereiro de 2015




Governo Federal e Estados se unem para consolidar o CAR

Martim Garcia/MMA
Izabella (D): "CAR é essencial para combater desmatamento"
Cadastro Ambiental Rural é obrigatório e deve ser feito em todo o país. Cerca de 40% do território nacional já está inscrito no sistema

Por: Lucas Tolentino – Edição: Alethea Muniz
As ministras do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, reuniram-se nesta quinta-feira (05/02) com os secretários estaduais e do Distrito Federal das duas áreas. No encontro, elas reforçaram a necessidade da regularização ambiental dos imóveis rurais nos moldes da nova Lei Florestal, por meio do Cadastro Ambiental Rural (CAR). O CAR é um registro eletrônico, obrigatório para todos os imóveis rurais, que deve ser realizado pelos proprietários até 5 de maio deste ano. "O CAR é essencial para o combate ao desmatamento e também para preservação do cerrado", destacou Izabella Teixeira. “Além disso, o CAR serve para o planejamento ambiental e econômico”, explicou a ministra do Meio Ambiente.  Até o momento, foram cadastrados 550 mil terrenos, que somam área equivalente a 132,1 milhões de hectares no país. O dado mostra que cerca de 40% de todo o território nacional já está na base de dados do CAR. “Há uma grande receptividade por parte dos Estados para a efetivação do Cadastro Ambiental Rural”, avaliou a ministra. Izabella Teixeira descartou a prorrogação de prazo para inscrição dos imóveis rurais no sistema, previsto para terminar em maio deste ano. “Um dos objetivos dessa reunião com os secretários de estado é avaliar quais são os esforços deles para cumprir o prazo”, explicou. A ministra destacou que as estratégias para divulgação do CAR incluem mutirões, campanhas educativas, premiações e cooperação com órgãos como o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). PRODUTOR DE ÁGUA Além de garantir o cumprimento da Lei Florestal e o desenvolvimento sustentável no país, a parceria tem o objetivo de promover a agricultura e produção familiar em diversas áreas. De acordo com a ministra Kátia Abreu, o produtor de água está entre os focos dessa ação. “Ele tem de ser reconhecido como um importante gerador de ativo ambiental por fazer muito bem esse tipo de produção e de proteção”, destacou a ministra da Agricultura. A implantação do cadastro garantirá a recuperação de áreas degradadas e a promoção da produção agrícola no país. “O CAR é um instrumento único para mostrar a transparência nesse processo”, afirmou Kátia. “Os produtores não devem temer o CAR. É preciso temer ficar na ilegalidade e em situação de insegurança jurídica”, acrescentou. O CADASTRO Todas as propriedades rurais do país precisam ser cadastradas no Sistema Eletrônico do CAR (SiCAR), com imagens georreferenciadas de todo o território nacional. As inscrições são condições necessárias para que os imóveis façam parte do Programa de Regularização Ambiental (PRA). Isso dará início ao processo de recuperação ambiental de áreas degradadas dentro dos terrenos, conforme prevê a Lei 12.651, de 2012, a chamada Lei Florestal. A inscrição no CAR é realizada por meio do SiCAR, que emite um recibo, seguindo a mesma lógica da declaração do Imposto de Renda. É possível, inclusive, fazer retificações caso haja informações conflitantes. Depois de cadastrados, os proprietários ou posseiros com passivo ambiental relativo às Áreas de Preservação Permanente (APPs), de Reserva Legal (RL) e de Uso Restrito (UR) poderão aderir aos PRAs da unidade da federação em que estão localizados. Caso não faça o cadastro, o responsável pelo imóvel ficará impossibilitado de obter crédito rural, além de entrar em situação de insegurança jurídica. O CAR, no entanto, não tem relação com questões fundiárias. Ou seja, é um documento declaratório sobre a situação ambiental de uma área cuja responsabilidade de manutenção é daquele que declarou e, portanto, não gera direitos sobre a forma de uso do solo. SAIBA MAIS Área de Preservação Permanente (APP): Área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. Reserva Legal (RL): É uma área localizada no interior de uma propriedade rural, que não seja a APP, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas. Uso Restrito (UR): Áreas de inclinação entre 25° e 45°.

sábado, 14 de fevereiro de 2015




Manejo florestal melhora vida de mil famílias no semiárido do Nordeste
Paulo de Araújo/MMA
Antônio: manejo sustentável
Na Serra do Araripe, entre Ceará, Pernambuco e Paraíba, lenha é retirada de forma sustentável.

Por: Pauleinir Constâncio – Edição: Marco Moreira



O manejo florestal representa renda adicional que está mudando a vida de mil famílias no semiárido nordestino e reduzindo a pressão do desmatamento sobre os processos de desertificação.  Na Serra do Araripe, região entre os estados do Ceará, Pernambuco e Paraíba, em pouco menos de três anos pequenos produtores rurais e assentados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) viram sua renda familiar mais que dobrar com a venda de lenha sustentável para as indústrias de cerâmica e gesso.
É o que conta Antônio Esmero do Nascimento, 54 anos, pai de 14 filhos radicado na Fazenda Barra Grande, uma gleba de 8 mil hectares, dos quais 2 mil estão em regime de manejo por 20 anos. Natural de Jardim, no sertão pernambucano, ele migrou para o assentamento em Jati, no Ceará, para trabalhar no Plano de Manejo Florestal Comunitário Sustentável da Caatinga.
OVELHAS

Antônio, que sempre viveu do trabalho na roça, diz que a nova fonte de renda já permitiu com que comprasse quatro cabeças de gado. “Agora posso tirar um leite para dar a uma criança”, conta com alegria. Ele está começando também uma criação de ovelhas “devagarinho”. Por dia, chega a cortar até 3 m3 de lenha, bem acima da média per capita local. “E com a orientação do jeito certo de cortar, pode ver que o mato já tem mais de um metro em menos de oito meses”, explica.
Dos filhos de Antônio, os três mais velhos migraram para São Paulo, mas os pequenos vivem com o ele. “Antes a gente acordava os meninos para trabalharem na roça – era assim no tempo do meu pai – mai hoje é para ir à escola”, diz o agricultor que é beneficiário de outros programas do Governo Federal e tem ônibus escolar na porta para percorrer os 20 Km entre o assentamento e a sala de aula.  Ele relata que “trabalhava na meia” nas terras dos outros e o que “tirava” era só para a subsistência. Agora, explica, sempre sobra um pouco com a renda da lenha. Não revela quanto é, mas abre o sorriso quando fala do assunto.
VINTE ANOS
Em Baixa Grande a área de manejo florestal foi dividida em 19 pedaços a serem cortados anualmente. O primeiro foi concluído e deu mais lenha que a absorvida pelo mercado. Só volta a ser cortado daqui a 20 anos. A regeneração esperada é de 100%. O diretor do Departamento de Combate à Desertificação, Francisco Campello, afirma existirem estudos que apontam até para o enriquecimento da biodiversidade, já que espécies quase extintas na área manejada reaparecem.
Mas os assentados na Serra do Araripe ainda enfrentam problemas para colocar o produto no mercado. Pela legislação, só podem vender para comprador legalizado, trabalhando dentro da proposta de sustentabilidade estabelecida em licenciamento ambiental. Caso não retire toda a lenha anualmente, para explorar todo o restante da área precisam nova licença dos órgãos ambientais.
O manejo florestal comunitário é parte da estratégia do Ministério do Meio Ambiente para o combate à desertificação e convivência com a semiaridez. Os programas têm como foco a promoção do desenvolvimento com sustentabilidade e conservação da paisagem da Caatinga. As ações previstas promovem a geração de renda e inclusão social, seguranças hídrica, energética e alimentar dos rebanhos, conservando a biodiversidade.


Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA)

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Rico em biodiversidade, Tocantins tem mais de 2,7 mil espécies vegetais
 

Publicada em 05/09/2013
 

O Tocantins tem catalogado mais de duas mil diferentes espécies vegetais, sendo 20 raras e 156 ameaçadas de extinção. Os números são de um inventário realizado pelo governo do Estado sobre a biodiversidade da região, que faz parte da Amazônia Legal.

O trabalho conduzido pela diretoria de Zoneamento Ecológico-Econômico da Secretaria de Estado do Planejamento e Modernização da Gestão Pública (Seplan) durou cerca de três anos. O estudo encontrou espécies de distribuição restrita, raras, endêmicas, ameaçadas ou protegidas. Ao todo foram catalogadas 2.734 espécies vegetais, sendo 156 ameaçadas de extinção, 111 restritas, 39 endêmicas e 20 raras.

Segundo o coordenador geral da pesquisa de Mapeamento das Regiões Fitoecológicas e Inventário Florestal, Ricardo Haidar, desse total de espécies, 156 são consideradas ameaçadas, em risco de extinção ou protegidas dentro do estado do Tocantins ou Brasil, conforme dispositivos legais em nível estadual, nacional e internacional. “São 156 espécies que estão dentro da lei de espécies brasileiras do Ministério do Meio Ambiente (MMA), da lista internacional de espécies protegidas, ou que estão dentro da constituição do Tocantins e tem também algumas espécies que estão dentro do Decreto da Política Florestal do Estado”, explica o coordenador.

Também foram registradas 39 espécies endêmicas, o que significa que só são produzidas em um local; e 20 espécies consideradas raras no Brasil, localizadas nas sub-bacias dos rios Coco, Manuel Alves, Araguaia, Palma, Sono, Tocantins, Formoso, Javaés e Araguaia. “Para realizar a identificação foi adotada uma lista de espécies raras do Brasil. Ao longo da pesquisa ainda foram catalogadas 111 espécies de distribuição restrita dentro do Estado, o que quer dizer que precisam de alguma condição/característica ambiental para ocorrer”, esclarece Haidar.

Para preservação destas riquezas naturais, o Inventário orienta que sejam seguidas as diretrizes do Código Florestal Brasileiro. “Para as propriedades rurais situadas na Amazônia Legal, durante o procedimento de Licenciamento Florestal da Propriedade Rural, o órgão ambiental estadual deve requerer 80% das áreas de floresta (cerradão, floresta estacional, floresta ombrófila, ecótono, mata de galeria e mata ciliar) e 35% das áreas de cerrado como parte da reserva legal das propriedades rurais, conforme rege o Código Florestal Brasileiro”, explica o coordenador

Políticas de preservação
O estudo sobre a vegetação do Tocantins subsidiará a formulação de leis, planos e projetos.  Segundo o coordenador da Seplan, a pesquisa vai subsidiar o plano de recuperação ambiental, de reserva legal, das leis e decretos ambientais. O estudo também orienta o governo do Tocantins a criar de Unidades de Conservação, nas áreas delimitadas como ‘Prioritárias para Conservação’ com o objetivo de conservar recursos genéticos e paisagísticos existentes no Estado, a exemplo das florestas estacionais da região sudeste e áreas de ecótono (floresta estacional/ombrófila) do norte do Estado.

Todo o material coletado durante o inventário está depositado nos herbários do IBGE e Fundação Universidade do Tocantins (Unitins).

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Ações de combate à dengue e febre chikungunya são realizadas na capital

Mobilização faz parte de campanha nacional, marcada para este sábado (7).
Ações de limpeza serão realizadas em nove quadras de Palmas.

Do G1 TO
Ações de combate a dengue e chikungunya são realizadas em Palmas (Foto: Júnior Suzuki/Prefeitura de Palmas)Ações de combate a dengue e chikungunya são realizadas em Palmas
(Foto: Júnior Suzuki/Prefeitura de Palmas)

Durante ação do 'Dia D' de combate à Dengue e à Febre Chikungunya em avenidas de Palmas foram entregues mais de 10 mil panfletos neste sábado (6). No informativo tinha dicas de como evitar a proliferação do mosquito aedes aegypti que é o vetor das duas doenças e os principais sintomas das doenças.

O Dia D é realizado em todo o Brasil e na capital a iniciativa das mobilizações é da Secretaria Municipal de Saúde (Semus). De acordo com a chefe da Divisão de Doenças Transmissíveis, Lusy Almeida, os esforços estão sendo concentrados em reduzir os criadouros do mosquito. “Temos que ter cuidado redobrado e apesar de ainda não termos nenhum caso confirmado de Chikungunya temos que combatê-la diariamente”, destacou.
 

Segundo informações da Prefeitura de Palmas, na capital foram registrados sete pacientes com suspeita de Chikungunya, sendo que três já foram descartados e quatro ainda aguardam resultado do Instituto Evandro Chagas onde é realizado o exame. “Quando há suspeita, comunicamos a Secretaria Estadual de Saúde no máximo 24 horas, coletamos material e enviamos para o Instituto, realizamos o bloqueio químico na casa e no trabalho do paciente para controle vetorial, além de dar total assistência a este paciente com suspeita de Chikungunya", explica.

Ainda conforme a Prefeitura de palmas, estão sendo intensificados ações de limpeza em quadras com grande número de focos de mosquito. Nesta primeira semana foram realizados mutirões de limpeza nas quadras 405, 407, 603 e 607 Norte, setor Morada do Sol, Santa Fé, Santa Bárbara, Aureny III e Jardim Taquari.

 
tópicos:

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Kátia Abreu assume Agricultura e promete dobrar classe média rural

AGÊNCIA BRASIL 6 de Janeiro de 2015 | 02h00
 
Ao assumir ontem (5) o cargo de ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu evitou tratar das polêmicas envolvendo declarações recentes de que não haveria mais latifúndio no Brasil e disse que recebeu da presidente Dilma Rousseff a incumbência de dobrar a classe média rural nos próximos quatro anos.
“Ela [Dilma] me pediu obstinação nessa tarefa. Vamos estabelecer como meta dobrar a classe média rural nos próximos quatro anos. Tem mais de 5 milhões de produtores rurais, sendo que 70% deles estão na classe D e E, 6% na classe A e B e apenas 15% na classe C”, disse a ministra que prometeu levar pelo menos 800 mil produtores para a classe C.
Segundo ela, será feito um esforço para dotar esses produtores de capacitação técnica. Para isso, a nova ministra pretende envolver órgãos federais como a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), o Sistema S e as universidades. “Vamos de porteira em porteira atrás dessas pessoas buscando e levando uma revolução em tecnologia para que eles possam ascender socialmente e ter uma renda mais elevada”, disse.
Kátia Abreu também falou em diálogo com os movimentos sociais e ao ser perguntada sobre a declaração de que não haveria mais necessidade de uma reforma agrária ampla no Brasil, respondeu que o assunto é da competência de outro ministério . “O meu ministério não é responsável pela reforma agrária, essa competência é do MDA [Ministério do Desenvolvimento Agrário], e eu pretendo respeitar essa competência”.
A declaração de Kátia Abreu sobre latifúndio recebeu crítica do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) que, em nota, considerou a fala “descabida e desconectada da realidade do nosso país”. “Quem realmente conhece a história de nosso país sabe que não são os povos indígenas que saíram ou saem das florestas. São os agentes do latifúndio, do ruralismo, do agronegócio que invadem e derrubam as florestas, expulsam e assassinam as populações que nela vivem”, diz a nota.
A nova ministra, no seu discurso, também defendeu a ampliação da infraestrutura logística com a construção de ferrovias e hidrovias. Segundo Kátia, um dos desafios do ministério será desbravar a fronteira agrícolas dos estados do Norte e Nordeste, em especial  o Tocantins, Maranhão, Piauí e a Bahia. “É uma região muito especial onde não ocorrerá desmatamento, pelo contrário, são áreas de pecuária que estão sendo transformadas em agricultura, e essa região precisará ter um crescimento sustentável do ponto de vista ambiental, da logística, da energia e da armazenagem”.
Ela disse ainda que vai trabalhar para aumentar as exportações do agronegócio. “Nós temos um imenso mercado no exterior, e as nossas empresas, as nossas agroindústrias, precisam estar preparadas para exportar para esse grande mercado consumidor, quer seja de carne em geral, quer sejam de outros produtos. A nossa obrigação como ministério é abrir as portas para que todas as empresas possam exportar”.
A nova ministra também prometeu tratar da crise do setor sucroalcooleiro, decorrente do baixo preço do petróleo e de questões climáticas. “O setor sucroalcooleiro não tem uma receita única, teremos que ter uma receita com vários conceitos, com variadas prioridades e soluções para que este assunto se resolva”, disse Katia Abreu que prometeu buscar uma solução para crise em reuniões com os ministérios da Fazenda, do Planejamento e com o Tesouro Nacional.