quarta-feira, 24 de junho de 2015


  Dilma faz o lançamento dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas

Presidente defendeu respeito à diversidade e à integração entre culturas.
Com previsão de 2 mil atletas, jogos ocorrerão, em outubro, em Palmas (TO).

Filipe Matoso Do G1, em Brasília
A presidente Dilma Rousseff posou para fotografia ao lado de índios na cerimônia de lançamento dos Jogos Mundiais dos PovosIndígenas (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)A presidente Dilma Rousseff posou para fotografia ao lado de índios na cerimônia de lançamento dos Jogos Mundiais dos PovosIndígenas (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

A presidente Dilma Rousseff lançou nesta terça-feira (23) a primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, que serão realizados, entre 20 de outubro e 1º de novembro, em Palmas (TO). A cerimônia de lançamento ocorreu no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, um dos estádios que sediaram a Copa do Mundo do ano passado.
Ao todo, segundo a assessoria dos jogos indígenas, 24 etnias brasileiras e 22 de outros 22 países participarão do evento esportivo. Entre as modalidades que serão disputadas durante o mundial, estão tiro com arco e flecha, arremesso de lança, cabo de força, corrida de tora, lutas corporais, futebol de campo, atletismo, e xikunahati, uma espécie de futebol no qual só pode ser usada a cabeça.
Em meio ao discurso de lançamento do evento esportivo, a presidente da República defendeu o respeito à diversidade e à integração entre as culturas. Ao longo de pouco mais de 20 minutos de declaração, a petista disse que o Brasil “reforçará” o “apreço” pela pluralidade dos povos e assegurou que o objetivo do governo é “levar a cabo” o “sucesso” do evento esportivo.
“Eu tenho certeza de que nós todos sabemos que o Brasil é admirado por algumas coisas. É admirado por suas belezas naturais, por ter a maior floresta em pé do mundo, é admirado pela hospitalidade e alegria do nosso povo e é admirado pela característica multiétnica. Muitas nações têm essa característica e nós também devemos ser admirados pela capacidade de respeitar a diversidade e integrar culturas, além de respeitar e admirar civilizações”, ressaltou a presidente.
Dilma também disse que tem “imenso orgulho” dos brasileiros em relação à composição da população, em razão de o país ser uma “mistura de várias etnias”. A presidente arrancou sorrisos da plateia, formada, em sua maioria, por índios e políticos, ao dizer que não tem "condições" de participar da corrida de toras, uma das modalidades dos jogos indígenas.
A cerimônia
Durante a solenidade de lançamento do evento mundial, o músico Hamilton de Holanda executou o Hino Nacional com um bandolim. A cantora baiana Margarete Menezes, madrinha dos jogos, também se apresentou e tocou a música “Úm Índio”, de Caetano Veloso.

Dilma acompanhou a cerimônia sentada em uma cadeira na primeira fileira da Tribuna de Honra do estádio Mané Garrincha. Ela se sentou entre o líder indígena Marcos Terena e o ministro do Esporte, George Hilton. Também compareceram ao evento os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário), Henrique Alves (Turismo) e Pepe Vargas (Direitos Humanos).
Em seu discurso, Terena comemorou o fato de os jogos terem sido organizados durante a gestão de um “ministro comunista” – ao se referir ao ex-ministro do Esporte e atual ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo (PC do B) – e executados na gestão de um “ministro evangélico”, ao citar o atual titular do Esporte, George Hilton (PRB). “Então, nós só podemos ficar alegres e contentes”, disse o líder indígena.
Após a fala de Terena, o prefeito de Palmas, Carlos Amashta, foi chamado a discursar e, antes de iniciar seu pronunciamento, disse que não poderia sair do evento sem tirar uma selfie com a presidente. Ela, então, levantou-se e tirou a foto ao lado do governante da capital do Tocantins.
Amashta brincou com o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, ao dizer que, assim como ele, foi batizado por uma comunidade indígena. Segundo o prefeito de Palmas, seu apelido significa “homem forte”, enquanto o de Rollemberg significa “palmito do Buriti”, o que gerou risos na plateia.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Projeto Jalapão

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PROJETO CORREDOR ECOLÓGICO DA REGIÃO DO JALAPÃO
O Projeto Corredor Ecológico da Região do Jalapão é uma iniciativa do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, em cooperação técnica com a Agência Japonesa de Cooperação Internacional – JICA, que vem sendo implementado com o apoio e a cooperação da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Recursos Hídricos do Estado do Tocantins, Secretaria de Planejamento do Estado do Tocantins e do Instituto Natureza do Tocantins – NATURATINS, além de outros importantes parceiros.
Os principais objetivos do Projeto são estabelecer um corredor ecológico para reforçar a preservação dos ecossistemas naturais que unem as Unidades de Conservação, promover a integração entre as unidades de conservação e a população local e incentivar as alternativas de desenvolvimento sustentável na região do Jalapão.

REGIÃO DO JALAPÃO

Inserida na porção leste do estado do Tocantins, limítrofe com os estados da Bahia, Piauí e Maranhão, a Região do Jalapão possui uma área estimada em 43.881,14 Km², compreendendo 10 municípios, e está inserida no domínio do bioma Cerrado.
O relevo é marcado por grandes áreas de planícies e de acidentes geográficos, sendo que, a Serra Geral do Tocantins e a Chapada das Mangabeiras são importantes áreas de recarga dos aqüíferos, abrigando as nascentes de afluentes de três importantes bacias hidrográficas brasileiras: Tocantins, Parnaíba e São Francisco, o que transforma o Jalapão numa região estratégica para o país.
Isto para não falar da beleza das paisagens, que incluem chapadões, dunas, cachoeiras e campos a perder de vista, atraindo visitantes e turistas do mundo inteiro, ou da exuberância da vida silvestre, com animais e flores que podem ser facilmente avistados. A descoberta de novas espécies e a presença de animais extremamente ameaçadas de extinção, como o pato mergulhão (Mergus octosetaceus), desperta cada dia mais o interesse de cientistas de várias regiões do mundo.
Assim como o turismo, o extrativismo e o artesanato também representam importantes alternativas de renda e são elementos chave para o desenvolvimento sustentável das comunidades da região, que mantém um modo de vida tradicional, utilizando principalmente os frutos, o capim dourado (Singhnantus sp.) e a palha do buriti para sua produção.
Neste contexto, as Unidades de Conservação apresentam grande relevância para afastar a ameaça da extinção das espécies, assim como o esgotamento dos recursos naturais, garantindo a continuidade do uso deste patrimônio natural pelas populações locais.
Para mais informações acesse o site do projeto